Cosmovisão
Do ponto de vista bíblico, assim que Deus criou o Homem, permitiu que manifestasse seu Livre Arbítrio sobre a face do planeta.
Já o primeiro casal de que se tem conhecimento, Adão e Eva, envolve-se em uma questão primordial denominada Pecado Original, causando a partir daí não apenas a desconfiança entre os gêneros masculino e feminino como se vê também entre Isaac e Rebeca, por exemplo; mas também a desconfiança entre irmãos, como acontece nas histórias de Caim e Abel, Esaú e Jacó, José e seus irmãos, Rômulo e Remo e tantos outros.
Após inúmeras idas e vindas, o mesmo Deus chama Moisés para liderar a Humanidade até a Terra Prometida. Uma Terra que não foi entregue de mão beijada. Exigiu-se, outrossim, uma longa e dificílima Travessia para alcançá-la. Contudo o que hoje se vê neste local sagrado, símbolo da sociedade ocidental, é a própria imagem do Conflito Original.
Pois Deus prometeu enviar o Messias para que tudo fosse solucionado.
E talvez a maior parte da Humanidade reconheça em Cristo o seu novo guia.
Acatar ou não esta idéia faz parte do Livre Arbítrio e a partir daí cada um pode agir como lhe aprouver.
Mas o exemplo do Cristo é significativo.
Une as duas mãos sobre o coração e propõe um caminho de paz.
Na cruz, simboliza o eixo entre o Céu e a Terra e entre o indivíduo e seus irmãos.
Traz para si a responsabilidade não mais de liderar a Humanidade em nova Travessia, mas sim de empreendê-la por si próprio, indicando assim o novo caminho.
Cristo não veio para nos salvar, mas sim para oferecer o exemplo.
E em meio a tudo isso, no momento em que mais recrudesce o Velho Conflito, o exemplo crístico vivifica em quem busca na Paz a verdadeira Consciência de Si.
Por esta Com-ciência trabalho e em meus trabalhos procuro contemplar.